3 de dezembro de 2006

[Saúde] Dor de Cabeça


Mais de 20% da população mundial sofre de dores de cabeça. Estima-se que só a enxaqueca, a segunda mais comum delas, faça 1,5 milhões de vítimas no Brasil. Segundo a neurologista Maria Eduarda Nobre, o excesso de analgésicos pode criar dependência do organismo, anular seus efeitos e desencadear uma série de problemas.
Forte pressão na cabeça, dor nas vistas e enjôos. Estes são alguns dos sintomas de quem sofre com as cefaléias, que chegam a comprometer a rotina de muita gente. Para se livrar da dor insuportável, a maioria das pessoas se entope de analgésicos, sem saber que o excesso desses medicamentos pode provocar ainda mais sofrimento. "O ideal é que os indivíduos não ultrapassem a dose de dois remédios por semana", explica a médica Maria Eduarda Nobre, doutora em neurologia pela UFF e membro da Sociedade Brasileira de Cefaléia.
Isso porque o exagero na medicação altera o sistema analgésico do próprio organismo e anula seus efeitos. “A hora certa de tomar o remédio é o momento em que a dor começa, mas há um limite. A dose máxima é duas vezes por semana. Se for mais do que isso, o paciente pode sofrer com problemas gástricos, como queimação no estômago, azia, náusea e, num estágio mais avançado, até mesmo uma hepatite medicamentosa”, explica.
Para amenizar as crises e diminuir a necessidade da droga, a Dra. Maria Eduarda Nobre dá algumas dicas: “Se o quadro estiver avançado, o paciente deve parar o que está fazendo, procurar um local fresco e escuro para recostar - sem se deitar, aplicar uma pomada à base de cânfora nas áreas da dor, colocar uma toalha umedecida com água gelada sobre a região afetada e evitar comer ou beber. Neste período, o estômago diminui o movimento de peristalse, aumentando a sensação de náusea ou vômito”, completa.

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