Ao menos 10% das escolas da rede estadual de ensino de Mossoró não aderiram a parada de advertência dos professores, realizada ontem em todo o Estado. Mesmo assim, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Rio Grande do Norte (SINTE/RN) considera positiva a paralisação temporária, embora a greve geral não esteja descartada. Entre as instituições que não pararam estão as escolas Luther King, Padre Deon, Tertuliano Ayres, e a Fundação Socioeducativa do Rio Grande do Norte (FUNCERN), todas localizadas no bairro do Alto de São Manoel. O presidente do Sinte/RN, Aldeirton Pereira, diz que a unanimidade de adesão quase nunca acontece durante os movimentos desencadeados na Educação. "Nem mesmo durante as greves conseguimos alcançar os 100% de adesão. Consideramos o resultado alcançado muito positivo", destaca Adeirton Pereira, que não descarta a possibilidade de greve. Para discutir a possível paralisação, ainda na tarde de ontem, a secretária de Educação do Estado, Ana Cristina Medeiros, se reuniu com a governadora Wilma de Faria. De acordo com a assessoria de comunicação da Secretaria de Educação do Estado, até amanhã, data marcada para o indicativo de greve, a secretária deve apresentar uma proposta aos representantes do sindicato, seja ela concreta ou não. Entretanto, adianta que a reivindicação referente a contratação dos concursados de 2005 é um problema quase sem solução no momento. Segundo a assessoria, as dificuldades residem na lei de responsabilidade fiscal. Dados mostram, ainda de acordo com a comunicação da secretaria, que por apenas um percentual de 0.2 o Estado não ultrapassou o limite de gastos permitidos. Para que novos professores sejam contratados é necessário, portanto, que a arrecadação estadual aumente. Enquanto isso não acontecer, portanto, as vagas existentes em dezenas de escolas da rede estadual continuarão ociosas ou serão ocupadas por estagiários. A assessoria acrescenta que, atualmente, 30% do orçamento total do Estado são destinados a educação.
21 de março de 2007
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